Tinha adormecido, como tantas outras vezes, recostada no seu peito, ao som da sua voz quente e sussurrada.
Lera-lhe poesia. Aprendera a gostar de poesia com ele; não sabia se pela sinfonia das palavras ou se pelo contexto gerado em que foram proferidas.
Encontraram-se mais uma vez. Decidiram que seriam assim, as suas vidas. Viveram uma grande história de amor. Hoje, ainda que separados, decidiram que não mais a viveriam mas sim, que a construiriam juntos, a sua própria história de amor. O enredo, escrito por eles e os personagens únicos e principais, somente eles.
Um dia desencontraram-se. Um dia reconheceram-se um no outro. Era agora, agora que mais afastados estavam, que mais próximos se sentiam.
Estava sozinha. Ele já tinha ido embora. Decidiram que seria assim.
Na lareira o lume ainda crepitava. Tinha chegado o Verão mas, as noites ainda se mantinham frias. Gostavam do som da lenha a arder, do calor que mais os aproximava. Este encanto, ainda mantêm dos tempos que decidiram prender no passado.
A suave luz do candeeiro quebrava o escuro da sala. Sentou-se enrolada no cobertor que os aconchegara horas antes. Perdeu os pensamentos. Deixou-os vaguear. Prendeu os olhos nas labaredas. O seu cheiro ainda pairava no ar mas, faltava ele.
Há decisões que são difíceis mas que têm que ser tomadas. E esta era uma das que não se arrependia. Hoje sozinha estava mais acompanhada que nunca.
Relembrava a conversa que tiveram. Perguntara-lhe o que era o amor para ela. E ela, ela que tão bem sabia o que é amar, amar de corpo e alma, não lhe respondera...
Não fuma mas inadvertidamente acendeu um cigarro. O desejo de o sentir, de o fazer presente, invade-a. Pega numas das folhas caída no chão. É o poema, o último que ele declamou para ela. Leu-o. Uma e outra vez. Uma lágrima rolou pela face. Por que é que chora? Porque sim!... e um “porque sim” pode ser tão imenso!...
Lera-lhe poesia. Aprendera a gostar de poesia com ele; não sabia se pela sinfonia das palavras ou se pelo contexto gerado em que foram proferidas.
Encontraram-se mais uma vez. Decidiram que seriam assim, as suas vidas. Viveram uma grande história de amor. Hoje, ainda que separados, decidiram que não mais a viveriam mas sim, que a construiriam juntos, a sua própria história de amor. O enredo, escrito por eles e os personagens únicos e principais, somente eles.
Um dia desencontraram-se. Um dia reconheceram-se um no outro. Era agora, agora que mais afastados estavam, que mais próximos se sentiam.
Estava sozinha. Ele já tinha ido embora. Decidiram que seria assim.
Na lareira o lume ainda crepitava. Tinha chegado o Verão mas, as noites ainda se mantinham frias. Gostavam do som da lenha a arder, do calor que mais os aproximava. Este encanto, ainda mantêm dos tempos que decidiram prender no passado.
A suave luz do candeeiro quebrava o escuro da sala. Sentou-se enrolada no cobertor que os aconchegara horas antes. Perdeu os pensamentos. Deixou-os vaguear. Prendeu os olhos nas labaredas. O seu cheiro ainda pairava no ar mas, faltava ele.
Há decisões que são difíceis mas que têm que ser tomadas. E esta era uma das que não se arrependia. Hoje sozinha estava mais acompanhada que nunca.
Relembrava a conversa que tiveram. Perguntara-lhe o que era o amor para ela. E ela, ela que tão bem sabia o que é amar, amar de corpo e alma, não lhe respondera...
Não fuma mas inadvertidamente acendeu um cigarro. O desejo de o sentir, de o fazer presente, invade-a. Pega numas das folhas caída no chão. É o poema, o último que ele declamou para ela. Leu-o. Uma e outra vez. Uma lágrima rolou pela face. Por que é que chora? Porque sim!... e um “porque sim” pode ser tão imenso!...