quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Força

Já alguma vez experimentaram pôr os braços à vossa volta para imaginar que alguém os está a abraçar? Já imaginaram poder falar com eles e pegar-lhes nas mãos? Já sentiram que eram feios e inúteis e tentaram descobrir os vossos defeitos, olhando para o espelho durante dias a fio? Já se riram disso? Sentiram-se estranhos e estrangeiros? Foram postos de parte e fodidos, queimados e violados dentro das vossas cabeças? Não conseguiram perceber o que eles queriam. Alguma vez esconderam a vossa sensibilidade, os vossos sentimentos verdadeiros, porque receavam ser espezinhados? Bom, eu já fiz. Eu fiz e passei por isso. Ainda estou a passar. Faço companhia a mim própria e tento imaginar alguém a amar o meu corpo e alma torturados. Tenho de ser forte para o fazer. Tenho de cerrar os punhos e os dentes, fingir ser pura e fazer o que devo, apesar das consequências. Apesar da dor e do fogo que me arde no peito, preciso de controlar os sentimentos e lidar com a situação. Nada de comida, de gargalhadas, de aplausos, apenas sobrevivência. Tenho de descobrir o meu último vício e levá-lo para a última página, para poder partir...

6 comentários:

  1. Serena,
    Os nossos vícios são os nossos próprios maiores inimigos, e o pior é que eles vivem dentro de nós. Não pode existir escravidão pior do que os nossos vícios, que nos gastam, e nos consomem.
    Bjo.

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  2. Desenvolver força, coragem e paz interior demanda tempo. Não esperes resultados rápidos e imediatos, sob o pretexto de que decidiste mudar. Cada acção que tu executas permite que essa decisão se torne efectiva dentro do teu coração.

    Bjs
    Cris

    De volta!!!!

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  3. Há momentos que deixamos se prolonguem no tempo, tempo demasiado...
    Beijo-te.

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  4. Gostei...
    Já experimentei o abraço e a carícia, mas nada se compara ao arrepio que outro toque provoca em mim.

    Beijo
    Pedro

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  5. Querida Serena
    E a solução está dentro de ti e na forma como à tua volta te dás. às vezes não acontece quando desejamos muito, mas sim quando já nem pensamos nisso.
    Boas festas!
    Um beijo
    Daniel

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  6. Um misto de revolta e desalento. Sentimentos a que ninguém é imune.
    De facto quem é que nunca se sentiu desfasado do tempo e do espaço, remetendo-se a si como se o “mundo” fosse uma luva de dimensões e proporções desajustadas ao nosso tamanho?...
    Serena, “no fundo do poço há sempre uma cama elástica”... só tens que acreditar!...
    Beijinhos, querida.

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