sábado, 1 de novembro de 2008

A minha cela

Que está a acontecer? Para onde estou a ir? Sento-me no silêncio da minha cela. O silêncio é tanto que me aflige. Os tímpanos vibram e doem, pedem som, pedem o doce conforto que se pode encontrar noutra voz humana. A raiva desaparece tão depressa como aparece. A confusão faz-me companhia, e a agitação corrói-me o espírito. Levam-me à loucura. Onde acabará esta estrada, aonde é que ela me levará? Que está a acontecer? Não sei. Talvez não queira saber, porque a resposta pode ser tão infernal como a indecisão, o abismo escuro e desconhecido em que vagueio neste instante.
Assisti ao nascer do Sol esta manhã. Vi-o lançar os seus curativos raios sobre os pássaros chilreantes e às árvores ondulantes na brisa da manhã. Esta visão fez-me sentir indescritivelmente bem. Fiquei em paz, uma paz que eu quis que confortasse, sempre, a minha alma. Mas... não confortou.
ainda sofro…

5 comentários:

  1. A tua cela é uma caixa igual a tantas outras coladas ao solo e alinhadas na vertical. Kilómetros de fios e centenas de satélites ligam as caixas e desligam as pessoas.
    É ensurdecedor este silêncio demolidor.

    Dessas sonoras teclas sai boa
    prosa. Não as deixes calar

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  2. Serena, querida amiga
    A chave da "cela" em que te enclausuraste está na tua posse.
    A ti deves, no mínimo, a tentativa de a destrancar.
    Solta a tua alma, deixa que o "sol" da vida aqueça o teu coraçao, esse lugar que dizes estar (ou ser) tão sombrio!...
    ...
    Terno beijo.

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  3. Onde acabará esta estrada, aonde é que ela me levará?

    Desejo que te leve a felicidade.
    Passo para te ler e deixar um abraço amigo

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  4. Deixo-te um beijo. Eu venho aqui sempre, sempre.

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  5. Desculpa, sem querer, acho eu, não assinei. Sou a Cris, Amiga.
    Beijitos.
    Fica com o meu endereço:
    cris171202@gmail.com

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